Suinocultura deve fechar 2020 com investimento de mais de R$ 5 milhões em novas estruturas
Assim como outros setores do agronegócio, a suinocultura também passa por uma fase de investimentos e bons resultados, o que inspira e garante a perenidade da atividade. Na região de São Lourenço do Oeste, a Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo) faz a ponte entre os produtores e a Cooperativa Central Aurora Alimentos, que transforma a proteína animal e comercializa no mercado interno e externo.
Segundo o gerente comercial da (Caslo), Odair Bottin, o crescimento da suinocultura é um fator positivo, pois agrega e gera renda ao empresário rural, permitindo que o mesmo reinvista e permaneça atuando no setor. Ao analisar os últimos anos da atividade, ele frisa que a suinocultura passou por uma profissionalização. Segundo ele, o uso combinado de estruturas modernas e eficientes e a genética de ponta, garantem melhores resultados para o produtor.
Prova disso é que na área de atuação da Caslo, conforme investimentos feitos e programados, a suinocultura deve alocar mais de 5 R$ milhões em novas estruturas ao longo de 2020. Bottin explica que algumas estruturas já foram concluídas e operacionalizadas, outras estão em fase de estudos – viabilidade econômica e ambiental. Ao concluir esses investimentos, o setor, dentro da cooperativa lourenciana, terá capacidade de manter alojado, na fase de creche, 10 mil leitões. Na fase de terminação, a projeção é de atingir um quadro de 20 mil cabeças no campo.
Questionado sobre os investimentos, o gerente comercial da Caslo explica que eles ocorrem, pois existe uma estrutura sistêmica na retaguarda, que oferece garantia, por exemplo, de recebimento e preços justos. “Nós [Caslo] somos filiados a Cooperativa Central Aurora Alimentos, a qual recentemente fez significativos investimentos em suas plantas de abate. Além disso, é preciso observar e considerar a abertura de novos mercados, principalmente o asiático que está crescendo exponencialmente”.
Para Bottin, o investimento em novas estruturas influencia outros setores também. Entre eles, cita, por exemplo, a construção civil e o próprio agronegócio, já que o consumo de milho deve crescer. “Toda região sair ganhando”, projeta.
Papel da cooperativa
Reafirmando que o agronegócio de forma geral se profissionalizou, Bottin explica que todas as ações e decisões precisam ser tomadas com base em dados concretos. Por isso, ele lembra que é nessas horas que a estrutura e know how da cooperativa é coloca a disposição do associado. “É nesse momento que sentamos com o associado para analisar a viabilidade econômica, taxas de juros e, principalmente, a questão ambiental. O primeiro passo é a questão ambiental. Todos os associados da Caslo que atuam no setor da suinocultura estão 100% em acordo com a legislação ambiental”, afirma.
De acordo com o gerente comercial da Caslo, a partir de uma análise minuciosa o associado tem condições de decidir se faz ou não o investimento. “A gente deixa claro toda a estrutura sistêmica que há na retaguarda e dá suporte para o setor, mas também explicamos que é preciso haver a reciprocidade. É preciso fazer o dever de casa na propriedade”, disse observando que o setor é promissor. “É uma engrenagem e cada elo precisa fazer a sua parte”, resume.