Para recém-formados, estágio é a porta de entrada para o mercado de trabalho

João Ricardo Nespolo está concluindo a formação em técnico em agropecuária e, a partir do estágio supervisionado, foi contratado para integrar a equipe profissional da Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo). Ele conta que foram três meses de aprendizado, mas também a oportunidade de expor o perfil e as competências.

Agora profissional contratado da Caslo, Nespolo revela que a transição – momento de deixar a instituição de ensino e entrar no mercado de trabalho – é difícil, pois falta experiência prática. Por isso, ele recomenda e chama atenção para essas oportunidades. “É importante valorizar esses programas de estágio. São momentos em que o orientador do estágio passa a ser o teu professor no dia a dia”. Ele avalia que, além de apreender, melhorou, por exemplo, a comunicação e a forma de relacionamento com os clientes e associados.

Marilene Padilha dos Anjos, responsável pelo setor de recursos humanos da Caslo, explica que, na cooperativa, o programa de estágio é o exercício prático dos princípios do cooperativismo, especialmente o quinto – que trata da educação, informação e formação – sexto – que trata da intercooperação – e sétimo – que fala do interesse pela comunidade.

Segundo Marilene, hoje, por exemplo, a cooperativa mantém estreito relacionamento e convênio com instituições educacionais da região como os colégios agrícolas de Campo Erê, Clevelândia e Xanxerê, UTFPR, Unoesc e Unochapecó. Como o estágio é sempre supervisionado por um profissional da área, as vagas são disponibilizadas de acordo com a equipe técnica. Em média, a cooperativa oferece 10 vagas por ano. Já passaram pela Caslo jovens com formação em áreas como contabilidade, administração, psicologia, agronomia e técnico agrícola e agropecuário. “Alguns cumprem o estágio e seguem para uma especialização ou buscam diferentes oportunidades. Outros acabam integrando a equipe técnica, pois, além de se encaixarem nas vagas abertas acabam se destacando”, conta usando Nespolo como exemplo, já que foi a contratação mais recente feita a partir do estágio.

Para a responsável pelo setor de recursos humanos da Caslo, o estágio é um processo eficaz para analisar o perfil e as competências do jovem. “Ao dialogar com o profissional que supervisiona o estágio é possível fazer uma leitura precisa e ter assertividade na contratação”. Além de auxiliar no processo de formação das equipes profissionais da cooperativa, Marilene afirma que o programa de estágio é uma maneira de exercitar o lado social, já que oportuniza um momento de aprendizado para, por exemplo, muitos filhos de associados e clientes. “Alguém precisa abrir as portas para eles. É o momento deles apreenderem na prática, mas também mostrarem suas competências”, finaliza deixando as portas da cooperativa abertas para novos estagiários.