Empresários rurais iniciam programa de Qualidade Total Rural
Mais 20 famílias associadas à Cooperativa Agropecuária São Lourenço (Caslo) iniciaram, em abril, o programa Qualidade Total Rural (QTR). Serão 13 encontros em sala de aula e consultorias técnicas com o objetivo de desenvolver a gestão das propriedades rurais. O projeto, que é realizado pela Central Aurora, cooperativas singulares e Sebrae e tem o apoio do Sescoop, Sicoob e Senar, é baseado nos princípios do cooperativismo, especialmente o quinto – educação, informação e formação – sexto – intercooperação – e sétimo – interesse pela comunidade.
Segundo o coordenador do programa pela Aurora, Joel José Pinto, são encontros presenciais, em sala de aula, e consultorias técnicas nas propriedades. A ideia é melhor a gestão das empresas rurais. “As pessoas foram construindo as empresas rurais do modo delas e isso deu certo. Mas hoje é preciso aprender algumas técnicas de gestão, entender o que fazer, controlar números, produtividade e desperdícios”, exemplificou ele.
José Pinto defende a ideia de que o agricultor tem uma empresa na mão e a mesma precisa ser gerida como tal. Segundo ele, ao longo do curso os participantes entenderão, na prática, como fazer, por exemplo, um balanço patrimonial. “Eu acredito que é um caminho sem volta. Todo produtor rural deveria passar pelo D´Olho, que é a organização da propriedade, e o QTR, que visa a organização da gestão financeira”.
No entendimento do coordenador do programa pela Aurora, a médio e longo prazo o programa garante a sustentabilidade dos negócios. Ele defende isso observando que a formação tem envolvido um público jovem, que tem demonstrado interesse em assumir as atividades rurais. “O jovem precisa se inserir na propriedade e, para isso, é preciso de orientação. O programa vai ajudar nesse sentido, mostrando como funciona gestão e a sua importância”, esclarece. José Pinto acredita no potencial dos jovens, contudo, chama a atenção para a transição. “O jovem precisa entender tudo o que foi feito pelos pais e fazer com que eles [pais] compreendam a velocidade das mudanças e as implementações que precisam ser feitas”.
Acompanhamento
De acordo com o engenheiro agrônomo e responsável pelos programas de qualidade da Caslo, Gleison da Silva, além dos 13 encontros e das consultorias técnicas, as 20 famílias receberão um acompanhamento após formação. “Esse trabalho será feito pela própria equipe técnica da Caslo. A ideia é que as ações sejam permanentes”, revela. Além de capacitar o empresário rural, Silva disse que o programa garante a competividade, já que profissionaliza a gestão.
Valorização
Frisando que o programa é uma maneira de valorizar o empresário rural, o presidente da Caslo, Valentim Casagrande de Macedo, disse que é preciso ter a reciprocidade. “Nos, em Santa Catarina, temos um cooperativismo forte, mas precisamos seguir com as ações e o trabalho para garantir a perenidade. O associado precisa entender que a cooperativa é dele”, resume frisando que o conhecimento garante a competividade e a perenidade das atividades.
Fonte: Ascom Caslo