História do Cooperativismo
As experiências e as ideias dos percursores, extraídas de seus livros ou conservadas por seus seguidores, não tiveram aproveitamento tão eficaz como o demonstrado pelos operários da cidade de Rochdale, na região de Lancaster, na Inglaterra.
Prejudicados pelo novo modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal e outras atividades pelas máquinas que haviam sido inventadas, esses trabalhadores tiveram que enfrentar os inconvenientes do desemprego, em virtude da mão-de-obra excedente, sendo levados a se preocuparem com outras alternativas para garantirem o sustento de suas famílias. Discutindo suas dificuldades e buscando soluções para seus problemas que já se tornavam angustiantes em toda a Europa, eles ouviram a opinião de um companheiro que fora discípulo de Robert Owen, e decidiram pela criação de uma sociedade de consumo, baseada no cooperativismo puro.
Combinaram que cada um economizaria pequenas parcelas de seus poucos rendimentos, mesmo submetendo-se a inúmeras privações, pelo menos durante um ano, para tentarem formar algo que pudesse tirá-los da aflitiva situação em que se encontravam.
Essa reunião, que teve a participação de 27 homens e uma mulher, aconteceu numa tarde de novembro de 1843 e repetiu-se em 21 de dezembro de 1844, para a fundação de um armazém comunitário, com um capital inicial de 28 libras, representando uma libra para cada um do grupo que havia economizado.
Dispondo de pequenos estoques de gordura, açúcar, farinha e outros gêneros de primeira necessidade, o modesto estabelecimento, administrado pelos próprios fundadores, foi alvo da incredulidade e de inveja dos tradicionais comerciantes da cidade. Porém, despertou a atenção dos consumidores locais e principalmente das classes trabalhadoras, pela considerável prosperidade.
Preocupados com a progressão de sua ideia, embora já existissem sociedades similares (modelo cooperativista) na própria Inglaterra e na Escócia, aperfeiçoaram um sistema de reuniões denominado “Sala de Temperança”. Através dele, desenvolveram um conjunto de princípios, conhecidos mais tarde como “Princípios Básicos do Cooperativismo”, adotados posteriormente por cooperativas surgidas em diversos países do mundo.
Os precursores do cooperativismo
Contemporâneos de seu trabalho e de suas experiências, bem como divulgadores de suas obras, merecem também o título de Precursores do Cooperativismo:
- François Marie Charles Furnier (1772-1837) – França.
- William King (1786-1865) – Inglaterra.
- Philippe Joseph Benjamin Buchez (1796-1865) – Bélgica.
- Sean Joseph Charles Louis Blanc (1822-1882) – França.
Além dos precursores citados não podem ser esquecidos aqueles que tiveram importante participação na reformulação da sociedade universal e no desenvolvimento do cooperativismo:
Doutrinadores: Charles Gide, Beatriz Potter Webb, Paul Lambert, Bernard Lavergne, George Larsene, George Fouquet e Moisés Coady.
Historiadores: George Jacob Holyoake, Grozmoslav Mladematz e George Davidovic.
Pioneiros: Os probos de Rochdale, Friederich Wilhelm Raiffeisen, Hermann Schulze/Delitzch, Luiggi Luzzatti, Wilhelm Hass, Alphonse Desjardins e Theodor Amstad.
Os ramos do cooperativismo
- Agropecuário.
- Consumo.
- Crédito.
- Educacional.
- Especial.
- Habitacional.
- Mineral.
- Produção.
- Saúde.
- Serviço.
- Transporte.
Assine nossa newsletter
Assine nossa newsletter e recebe as notícias e informativos